A IMPORTÂNCIA DA BÍBLIA
Logo cedo, aprendemos que a Bíblia é a Palavra de Deus. Mesmo que tenha sido escrita por mãos humanas, toda a Bíblia foi inspirada por Deus: “Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para instruir, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, qualificado para toda boa obra” (II Tm 3,16-17).
Como poderíamos ser beneficiados pelas Sagradas Escrituras se não a conhecêssemos? Aí entra a importância do magistério da Igreja e o atendimento dos seus ministros à ordem de Jesus Cristo: “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei. E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28,19-20). E para a Igreja transmitir bem esses ensinamentos, fez-se necessário criar meios, ocasiões e instrumentos eficazes para que a Palavra de Deus fosse semeada, e bons frutos fossem colhidos. Entre as diversas ocasiões criadas pela Igreja, para uma eficaz propagação das Sagradas Escrituras, foi instituído o mês da Bíblia – o mês de setembro, porque no dia 30 do referido mês, é dia de São Jerônimo, um grande conhecedor deste Livro Sagrado e foi ele quem traduziu a Bíblia dos originais para o latim (a vulgata), – para uma intensificação de estudos e de contemplação deste Livro Sagrado, através de uma diversidade de ações: litúrgicas, missionárias, pastorais, culturais, recreativas; e tudo mais que sirva para ampliar o conhecimento bíblico e intensificar a prática desse conhecimento.
Conhecer a Bíblia ou mesmo decorá-la por inteiro, não nos torna verdadeiros cristãos, pois o demônio a conhece e não é cristão (conferir no capítulo 4 do Evangelho de Mateus – Tentação no deserto). É preciso colocar em prática todos os ensinamentos bíblicos, pois inspirado por Deus, em sua epístola (1,22-25), TIAGO nos fala: “Tornai-vos praticantes da Palavra e não simples ouvintes, enganando-se a vós mesmos! Com efeito, aquele que ouve a Palavra e não a pratica, assemelha-se ao homem que, observando seu rosto no espelho, se limita a observar-se e vai-se embora, esquecendo-se logo da sua aparência. Mas aquele que considera atentamente a Lei perfeita de liberdade e nela persevera não sendo ouvinte esquecido, antes, praticando o que ela ordena, esse é bem-aventurado no que faz”.
A ICAB tem a Bíblia como o seu livro sagrado. O nosso fundador, Dom Carlos Duarte Costa (São Carlos do Brasil), no seu MANIFESTO À NAÇÃO, nos diz: “A Igreja Católica Apostólica Brasileira é uma sociedade religiosa, que tem por estrutura os ensinamentos bíblicos do Antigo e do novo Testamento”. E no Concílio Extraordinário da nossa Santa Igreja, realizado em Brasília (DF), a 18 de janeiro de l990, foi aprovada a sua Doutrina, e no seu Art. 3º, consta: “A ICAB tem, como finalidade primordial, o anúncio do Evangelho de Jesus Cristo, na sua integridade uma vez que aceita a Bíblia, e somente a Bíblia, como regra infalível de fé e moral”.
“MINHA MÃE E MEUS IRMÃOS SÃO AQUELES QUE OUVEM A PALAVRA DE DEUS E A PÕEM EM PRÁTICA” (Lucas 8,21)
Dom Walbert Rommel C Galvão Barros
Bispo Diocesano de Maceió – AL